FÓRMULA DA PRODUTIVIDADE

Hoje foi dia de Palestra! Tive o prazer de falar sobre Mindset Produtivo para a USIMINAS, uma honra poder voltar a esta casa para interagir, compartilhar e aprender ainda mais com vcs.

Dá uma olhadinha na fórmula de produtividade no slide… Isto é o que dá quando vc pede um engenheiro para explicar um conceito, sempre acaba em fórmula.

CLIENTE INTERNO?

Antes de iniciar este texto, gostaria de lhe convidar a fazer uma breve reflexão:

– Quantos relatórios você recebe por dia que simplesmente não lê?

– Quantas vezes você recebeu uma informação, produto ou serviço com um prazo 5, 10 vezes ou mais do inicialmente acordado?

– Você acha que os prazos internos do departamento que lhe atende não fazem o menor sentido?

Uma prática muito comum no mercado é a internalização da relação cliente e fornecedor, estabelecendo o conceito de CLIENTES INTERNOS. O estranho é que muito pouco se ouve sobre a internalização do conceito de vendas, a principal ponte que consolida o relacionamento entre fornecedores e clientes.

Vejo frequentemente empresas quebrando o paradigma da mentalidade do FOCO “NO” CLIENTE para o FOCO “DO” CLIENTE, estabelecendo a necessidade do cliente como pilar central do seu modelo de vendas.

Em qual dos dois modelos você acha que está sendo tratado como cliente interno?

Prepara-se! Agora vem o soco na barriga… COMO VOCÊ ACHA QUE O SEU CLIENTE INTERNO RESPONDEU AS PERGUNTAS DA REFLEXÃO ACIMA?

Apesar de ser mais confortável sempre assumirmos a posição de cliente, a verdade é que indiferente de onde o seu departamento está na cadeia da organização você será cliente de um lado e fornecedor do outro.

QUAL O CONCEITO DE INOVAÇÃO?

Teve dificuldade em responder esta pergunta?

É incrível como algo tão usual e tão discutido atualmente seja tão difícil de se conceituar. Concorda?

Acredito que inovar é muito mais sobre desaprender do que realmente aprender. O nosso conhecimento adquirido atua como uma âncora criando uma série de pré-conceitos. Isto mesmo, separado e com hífen. Paradigmas e vieses que nos levam a repetir, mecanicamente, somente ações cujo os impactos podem ser mensurados dentro do nosso campo de conhecimento.

Vivo escutando pessoas dizendo que TEMOS QUE PENSAR MAIS FORA DA CAIXA! O meu conceito é que temos que ESVAZIAR A NOSSA CAIXA para conseguirmos trazer as ideias que estão fora para dentro dela. Por isto, ter um mindset de aprendiz, ou seja, estar aberto à experimentação e ao novo, é uma das principais competências para empresas e profissionais que buscam a inovação para os seus produtos, processos e serviços.

A pergunta acima é uma das provocações que faz parte do Workshop Moonshot Thinking, um evento focado em despertar e promover a discussão sobre inovação dentro das organizações.

A CULTURA DO HERÓI

Sabe quando as coisas saem muito errado? Quando equipamentos quebram, caixas fecham no negativo e literalmente a coisa “fede” e “dá ruim” para todos os lados… Nesta hora aparece uma pessoa que detém um conhecimento especifico e consegue reverter ou mitigar a situação resolvendo o problema, nem que seja de forma paliativa.

Estes profissionais são extremamente valorizados no mercado, e é fato que este perfil é bastante relevante para o sucesso das organizações. A questão é, onde os nosso heróis estão investindo o seu tempo?

Por um erro de gestão acabamos caindo na Cultura do Herói e colocamos profissionais com vasto conhecimento e grande potencial preventivo de potenciais “novos incêndios” para simplesmente “apagá-los”.

Todos nós sabemos que a prevenção é mais necessária do que o tratamento, mas poucos recompensam atos preventivos.

A coisa só piora quando a vaidade do herói incha o seu ego e faz com que ele(a) se sinta único(a), dedicando o seu conhecimento somente para “incêndios” por que não vale a pena gastar a sua hora simplesmente tentando “evitá-los”.

A “DEMOCRACIA”, QUE ATRASA A DEMOCRATIZAÇÃO

Uma das maiores tendências da era exponencial é que haja a democratização, ou seja, o livre e indiscriminado acesso aos serviços que foram digitalizados.

Existe um abismo entre a velocidade de evolução e adaptação das tecnologias frente a capacidade dos governos e órgãos competentes de se atualizarem e reagirem aos novos cenários criados pelo avanço tecnológico. Este abismo foi o que criou a regulamentação dos apps de transporte no Brasil, que por enquanto não deu em nada, e é o mesmo que está levando a cidade de Paris a aplicar uma multa milionária de 12 milhões de euros na plataforma Airbnb.

O governo sempre foi uma fonte de renda expressiva para as atividades de Lobby, a digitalização do serviço elimina este intermediador entre instituições governamentais e empresas de capital privado. Ações como a realizada aqui no Brasil nos apps de transporte, em Nova York com a regulamentação do bitcoin ou em Paris com regulamentação do número de dias que um cidadão pode disponibilizar a sua residência para aluguel no Airbnb são sinais muito claros de como o governo eleito pela democracia está atrasando a democratização.

VOCÊ TRABALHA DE CHINELO?

Foi esta a pergunta que me fizeram hoje na hora do almoço. Na verdade a pergunta exata foi: “O que você faz da vida que você trabalha de chinelo?” Respondi que o ponto não é o que eu faço, mas sim o que eu deixei de fazer.

➡ Abri mão de uma carreira internacional em uma empresa sólida com salários e benefícios incríveis;

➡ Aceitei que o dinheiro não era o fator decisivo na minha vida;

➡ Parei de acreditar que eu era novo demais para abrir minha própria consultoria;

➡ Aceitei que ganhar menos em curto prazo, com potencial de ganhar mais a longo prazo;

➡ Aprendi a conviver com os riscos, descobri que eles podem te cobrar tanto quanto te pagar;

➡ Abandonei minha zona de conforto, descobri que este é o único lugar onde posso aprender de verdade;

Quando terminei de responder a pergunta que a pessoa tinha feito, ela estava com uma cara indescritível e eu disse:

Eu sei… não é primeira vez que me chamam de maluco, pode ficar à vontade.

Não sei dizer quantas pessoas contribuíram, de todas as formas, para a transição, abertura e crescimento da minha empresa. Hoje me sinto na obrigação de retribuir de alguma forma.

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O QUE VOCÊ PODE APRENDER SOBRE NEGÓCIOS JOGANDO POKER

Descobri o poker há quase 20 anos, tinha acabado de entrar na universidade, me apaixonei perdidamente pelo jogo e sempre que possível encontro uma oportunidade, seja online ou presencial, para jogar.

Após todos estes anos jogando, jamais imaginaria que poderia utilizar conhecimentos adquiridos com a prática do poker na minha vida profissional. Há 2 anos comecei a empreender e no início era quase impossível parar de fazer analogia do mercado com um torneio de poker.

Foi no meio do livro Satisfação Garantida do Tony Hsieh, CEO e fundador da Zappos, que simplesmente me encontrei. A maioria das lições descritas abaixo aprendi jogando (e empreendendo), mas confesso que não conseguiria descrever tão bem a analogia entre o poker e os negócios como o Tony descreve em seu livro.

AVALIAÇÃO DE OPORTUNIDADES DE MERCADO

  • A escolha da mesa é decisão mais importante que se pode tomar.
  • É bom mudar de mesa se você descobrir que está muito difícil de ganhar na sua mesa.
  • Se houver muitos competidores (alguns irracionais ou inexperientes), mesmo se você for o melhor é muito difícil ganhar.

FINANÇAS

  • Aquele que nunca perde uma jogada não é o que ganha mais dinheiro a longo prazo.
  • Certifique-se que o seu “cacife” é grande o suficiente para o jogo que está fazendo e para os riscos que está correndo.
  • Você ganhará ou perderá rodadas individuais mas o que importa é o pensamento de longo prazo e foco no torneio que você está jogando.

ESTRATÉGIA

  • Não entre em jogadas que você não entenda, mesmo se ver muitas pessoas ganhando dinheiro com elas.
  • Calcule o jogo quando as apostas não são altas.
  • Diferencie-se faça o contrário que o resto da mesa está fazendo
  • Ajuste o seu estilo de jogar durante toda a noite o jogo é extremamente dinâmico. Seja flexível.
  • Esperança não é um bom plano
  • Saiba a hora de sair

Como reflexão final, lembre-se sempre de uma coisa.

Só porque você ganhou uma rodada não significa que é bom e que não tem mais nada aprender. Você pode apenas ter tido sorte.

Tony Hsieh

PLANEJAMENTO: HERÓI OU VILÃO?

Antes de começar este artigo, gostaria de lhe propor uma breve reflexão. Responda, em silêncio, sim ou não, para as perguntas abaixo:

  1. A sua empresa possui um planejamento estratégico?
  2. Este documento possui as diretrizes que definem o norte e os objetivos da corporação para os próximos 3, 5 ou 10 anos?
  3. A sua empresa monitora a aderência e o cumprimento das ações oriundas deste plano?

Se respondeu SIM para todas as perguntas, você realmente precisa ler este artigo!

Começo este texto com uma excelente e provocadora recomendação de leitura, o livro do brilhante Henry Mintzberg, Ascensão e Queda do Planejamento Estratégico.

Como seres humanos, faz parte da nossa natureza estabelecer uma lógica para explicarmos fatos e eventos no passado. O problema é que apesar de coerente e muitas vezes construída sobre dados empíricos, esta lógica não pode ser usada para estabelecer um plano de sucesso no futuro. Nassim Taleb, autor do clássico best seller, A lógica do Cisne Negro, comenta em seu livro:

Produzimos projeções de déficits da previdência social e de preços de petróleo para daqui a trinta anos, sem perceber que não podemos prevê-los nem mesmo para o próximo verão — nossos erros de previsão cumulativos para eventos políticos e econômicos são tão gritantes que preciso me beliscar para ter certeza de que não estou sonhando sempre que observo o registro empírico. O que é surpreendente não é a magnitude de nossos erros de previsão, mas sim nossa falta de consciência dela.

A partir do momento que se constrói um planejamento, assumimos um viés para o futuro que nos deixa completamente cegos às oportunidades alheias ao escopo deste plano. Desta forma ficamos totalmente suscetíveis aos impactos das constantes mudanças que estamos vivendo.

O “planejamento” estratégico tornou-se um paradigma, traiçoeiro o bastante, para destruir alguns impérios organizacionais. Desde o ano 2000, 52% das empresas da Fortune 500, lista das maiores empresas do mundo, faliram, foram compradas ou deixaram de existir. A grande maioria delas sofria da cegueira do planejamento e não foi capaz de se adaptar às mudanças do mercado.

A definição de uma estratégia deve estar adaptada a realidade e ao contexto do mercado, deixando de ser apenas uma abordagem de planejamento e assumindo novos formatos, como as estratégicas: Adaptativa, Visionária, Formadora e Renovadora.

O modelo abaixo é uma interseção de 3 eixos, combinando os seguintes fatores:

  1. Imprevisibilidade – quanto você consegue prever os impactos das mudanças dentro do seu segmento
  2. Maleabilidade – A sua capacidade de influenciar e moldar o seu mercado
  3. Aridez – Competitividade de custos frente aos seus concorrentes

O cruzamentos dessas informações lhe darão uma abordagem a ser seguida e o seu negócio pode requerer abordagens distintas a medida que se desenvolve e evolui ou a medida que o cenário que está inserido sofre mudanças.

A estratégia para os descobridores e empreendedores é contar menos com um planejamento estruturado, focalizar no máximo de experimentação e reconhecer as oportunidades quando elas surgem. 

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