PLANEJAMENTO: HERÓI OU VILÃO?

Antes de começar este artigo, gostaria de lhe propor uma breve reflexão. Responda, em silêncio, sim ou não, para as perguntas abaixo:

  1. A sua empresa possui um planejamento estratégico?
  2. Este documento possui as diretrizes que definem o norte e os objetivos da corporação para os próximos 3, 5 ou 10 anos?
  3. A sua empresa monitora a aderência e o cumprimento das ações oriundas deste plano?

Se respondeu SIM para todas as perguntas, você realmente precisa ler este artigo!

Começo este texto com uma excelente e provocadora recomendação de leitura, o livro do brilhante Henry Mintzberg, Ascensão e Queda do Planejamento Estratégico.

Como seres humanos, faz parte da nossa natureza estabelecer uma lógica para explicarmos fatos e eventos no passado. O problema é que apesar de coerente e muitas vezes construída sobre dados empíricos, esta lógica não pode ser usada para estabelecer um plano de sucesso no futuro. Nassim Taleb, autor do clássico best seller, A lógica do Cisne Negro, comenta em seu livro:

Produzimos projeções de déficits da previdência social e de preços de petróleo para daqui a trinta anos, sem perceber que não podemos prevê-los nem mesmo para o próximo verão — nossos erros de previsão cumulativos para eventos políticos e econômicos são tão gritantes que preciso me beliscar para ter certeza de que não estou sonhando sempre que observo o registro empírico. O que é surpreendente não é a magnitude de nossos erros de previsão, mas sim nossa falta de consciência dela.

A partir do momento que se constrói um planejamento, assumimos um viés para o futuro que nos deixa completamente cegos às oportunidades alheias ao escopo deste plano. Desta forma ficamos totalmente suscetíveis aos impactos das constantes mudanças que estamos vivendo.

O “planejamento” estratégico tornou-se um paradigma, traiçoeiro o bastante, para destruir alguns impérios organizacionais. Desde o ano 2000, 52% das empresas da Fortune 500, lista das maiores empresas do mundo, faliram, foram compradas ou deixaram de existir. A grande maioria delas sofria da cegueira do planejamento e não foi capaz de se adaptar às mudanças do mercado.

A definição de uma estratégia deve estar adaptada a realidade e ao contexto do mercado, deixando de ser apenas uma abordagem de planejamento e assumindo novos formatos, como as estratégicas: Adaptativa, Visionária, Formadora e Renovadora.

O modelo abaixo é uma interseção de 3 eixos, combinando os seguintes fatores:

  1. Imprevisibilidade – quanto você consegue prever os impactos das mudanças dentro do seu segmento
  2. Maleabilidade – A sua capacidade de influenciar e moldar o seu mercado
  3. Aridez – Competitividade de custos frente aos seus concorrentes

O cruzamentos dessas informações lhe darão uma abordagem a ser seguida e o seu negócio pode requerer abordagens distintas a medida que se desenvolve e evolui ou a medida que o cenário que está inserido sofre mudanças.

A estratégia para os descobridores e empreendedores é contar menos com um planejamento estruturado, focalizar no máximo de experimentação e reconhecer as oportunidades quando elas surgem. 

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